ISSN 2359-5191

05/11/2003 - Ano: 36 - Edição Nº: 20 - Educação - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Semana da Farmácia discute biotecnologia e celebra 105 anos de ensino do curso em SP

São Paulo (AUN - USP) - O maior evento aberto ao público da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP teve um diferencial em sua 38a. edição. Neste ano, a Semana Universitária Paulista de Farmácia-Bioquímica - SUPFAB - celebrou os 105 anos do ensino de Farmácia no Estado de São Paulo. Tendo como tema “Biotecnologias: Panoramas”, a Semana ocorreu recentemente e teve cursos, palestras e mesas-redonda ministradas por professores universitários e profissionais da indústria farmacêutica.

A Semana é organizada todo ano pelo centro acadêmico da faculdade. Para o coordenador geral do evento e também presidente do centro acadêmico Julio César Saldanha, o objetivo da SUPFAB é difundir conhecimento. “É função da universidade pública reverter o conhecimento para a sociedade. Ter conhecimento e não difundi-lo não serve para nada”. Segundo Julio, cerca de 60% dos inscritos na Semana eram alunos de graduação e pós-graduação da própria faculdade. Os outros 40% eram alunos de outras unidades da USP ou de fora dela.

Para a professora Thereza Cristina Penna, presidente da comissão organizadora, a escolha do tema se deu porque “tudo hoje gira em torno da biotecnologia. O seu objetivo é a obtenção de produtos de melhor qualidade, destinados tanto à produção farmacêutica como alimentícia”, diz. “A biotecnologia envolve a fermentação e a genética aplicada a novos produtos em diversas áreas”, completa a professora.

A mesa-redonda de biotecnologia tratou do aproveitamento de recursos renováveis para a produção de álcool, biodiesel e plásticos biodegradáveis. Outra mesa abordou as linhas de pesquisa na área de produtos naturais utilizadas na fitoterapia dermatológica e na cosmetologia.

Os palestrantes falaram desde os impactos da biotecnologia ao meio ambiente até as questões éticas que envolvem, por exemplo, as pesquisas com células-tronco embrionárias e o consumo humano de alimentos transgênicos. O ponto de vista das indústrias esteve representado pela Usina da Pedra e da Roche Diagnóstica do Brasil. Eles falaram sobre produção de etanol e evolução da biotecnologia molecular, respectivamente.

A primeira instituição de ensino de Farmácia no Estado de São Paulo foi criada no dia 12 de outubro de 1898 com o nome de Escola de Pharmácia de São Paulo, localizada próxima à ladeira Santa Efigênia, no centro da cidade. Em 1905, a escola foi transferida para um prédio novo no bairro do Bom Retiro, onde também era ministrado o curso de Odontologia. Com a criação da Universidade de São Paulo, em 1934, a então Faculdade de Farmácia e Odontologia passou a integrar a universidade. Em 1963, já separada da Odontologia, a faculdade finalmente mudou-se para o campus universitário no Butantã com o nome Faculdade de Farmácia e Bioquímica. O nome atual, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, foi adotado por decreto de 1969.

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