ISSN 2359-5191

14/11/2003 - Ano: 36 - Edição Nº: 21 - Educação - Instituto de Química
Instituto de Química encontra soluções em ensino virtual

São Paulo (AUN - USP) - O estudante de química não precisa mais do tubo de ensaio e das cobaias de laboratório, e até sua presença em sala de aula é dispensável. Essas são algumas das possibilidades abertas por projetos do Laboratório de Ensino de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, coordenado pelo professor Bayardo Barros Torres, que estuda formas de utilização do computador como ferramenta pedagógica.

A primeira delas é o ensino a distância, ministrado pela internet. Nesse campo, o laboratório criou um curso de Bioquímica nutricional que já teve três versões e, no futuro, um curso semelhante poderá ser utilizado para a qualificação de professores de química da rede pública.

O curso de bioquímica nutricional é ministrado como disciplina complementar para estudantes de diversas unidades da USP e Unicamp, mas os estudantes de fora dessas instituições também podem participar, se matriculando através da Extecamp (Escola de Extensão da Unicamp).

No curso, os estudantes recebem semanalmente textos e indicações bibliográficas, bem como um conjunto de tarefas a serem respondidas por e-mail. Além disso, os estudantes devem acessar chats (programas de bate-papo na internet) onde dialogam com monitores, e participar de listas de discussão com colegas, onde o tema em estudo é debatido. Com isso, se espera que o estudante se mantenha vinculado ao curso, evitando a desistência, problema comum em outros cursos pela internet. Segundo o professor Bayardo, “fazer um curso à distância não significa ficar em casa sozinho, acessando uma vez por semana. Você vai estar interagindo com os outros alunos e monitores constantemente”.

As avaliações também são feitas por chat, mas no final do curso o aprendizado é conferido com uma prova presencial. Para os alunos de localidades distantes da USP e Unicamp, a prova é ministrada com o auxilio de alguma faculdade local.

Sem a necessidade de um espaço de aula, os cursos à distância abrangem um universo maior de alunos, pois permitem uma grande flexibilização do horário, e não necessitam do deslocamento físico dos alunos. Por outro lado, tem um alto custo em recursos humanos, já que precisam de um grande numero de monitores para discutir com os estudantes em chats e e-mails.

Outra solução educacional encontrada é o desenvolvimento de softwares para auxiliar o ensino universitário de bioquímica, que abrem um leque de possibilidades muito maior do que o oferecido por um livro didático.

Uma das deficiências superadas através dos softwares é a representação de processos complexos, dinâmicos de mais para serem explicados adequadamente por figuras impressas. Os softwares oferecem animações capazes de retratar o funcionamento de um determinado processo de maneira mais detalhada e clara.

As possibilidades de interação dos softwares de ensino também permitem ao estudante a realização de experiências virtuais. O aluno estipula os parâmetros de um experimento, e o computador simula os resultados das reações, permitindo uma compreensão mais ampla das mesmas. A técnica elimina os custos de material existentes em uma experiência convencional, e evita até mesmo a utilização de animais como cobaias.

Diversos softwares de ensino já foram desenvolvidos, sendo utilizados em algumas disciplinas do instituto de química, e em outros cursos que envolvem a bioquímica.

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