ISSN 2359-5191

23/04/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 21 - Meio Ambiente - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Estudo analisa a degradação de sacolas de supermercado

São Paulo (AUN - USP) - A proibição de sacolas plásticas em supermercados coloca em destaque o experimento sobre sua degradação, desenvolvido pela pesquisadora Mara Lúcia Siqueira Dantas, do Laboratório de Embalagens e Acondicionamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (LEA/IPT).

A ideia central da pesquisa é que seja observado o ritmo de degradação de quatro tipos de sacola, a de papel, plástico comum, plástico com aditivos (para acelerar a degradação) e de tecido (TNT), quando descartadas no ambiente pelo consumidor. Assim, elas foram penduradas no telhado do prédio do laboratório e ficaram expostas ao sol, chuva, vento, radiação ultravioleta e poluição. “O objetivo é obter resultados a partir de uma simulação de descarte em forma de abandono da sacola na natureza, na cidade”, explica Mara Dantas.

Todo o material para a pesquisa foi adquirido em pontos de venda normais, onde o consumidor teria acesso a eles. Após colocar as embalagens expostas às intempéries naturais, há uma inspeção periódica. “De acordo com o grau de degradação que estamos observando, precisamos adequar a coleta e analise de amostras”, diz Mara. O previsto era que fossem feitas analises no primeiro mês, depois em três e seis meses, mas, devido à alta fragmentação do material, especialmente da sacola de papel, já foram feitas amostras no quarto mês.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ainda firmou uma parceria com o Instituto de Astronomia, Geociências e Ciências Atmosféricas (IAG) para que os dados sobre temperatura, umidade relativa do ar, precipitação, entre outros detalhes atmosféricos do período fossem disponibilizados para que aja uma análise comparada da degradação com o tipo de situação que foi submetida no período.

O aspecto mais importante a ser observado é a perda de massa, pois ele mede as substâncias químicas que compõe o plástico, pois importa mais para o meio ambiente que o material de desintegre. O que não quer dizer que ele é reabsorvido pelo ambiente, o que indicaria que é biodegradável, ou seja, houve uma atividade biológica de ocorrência natural. Entretanto, essas substâncias que se subtraem da massa da sacola plástica ou de tecido não são propriamente reabsorvidas pelo ambiente.

No entanto, a pesquisadora ressalta que a sacola não é a grande vilã. “No Brasil, o lixo de maior problema é o orgânico, nós desperdiçamos muito. Mas nas chuvas, é a sacola que aparece. Em termos de lixo, não tem grande quantidade, mas volume”, destaca Mara Dantas. “A embalagem chama atenção devido ao seu descarte inadequado”.

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