São Paulo (AUN - USP) - Aconteceu recentemene um debate sobre o polêmico projeto da Nova ECA, organizado pelo Centro Acadêmico Lupe Cotrim (CALC), da Escola de Comunicações e Artes. O debate contou com as presenças dos professores da ECA Dennis de Oliveira e Dilma de Melo Silva, além da presença da professora especializada em preservação e restauração Maria Lúcia Bressan, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/USP). O debate foi realizado em meio às discussões e questionamentos suscitados na unidade após a apresentação do projeto que pretende mudar a localização da ECA para o espaço que é atualmente ocupado pelos chamados “barracões”, atrás da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP).
A diretoria da ECA defende que o espaço atual é precário e não suportaria reformas para cumprir as atuais demandas dos departamentos. Já o Centro Acadêmico, após deliberação do próprio corpo discente em assembléias, defende o uso de reformas e manutenção do espaço. O CALC também questiona a diretoria de não construir um projeto democrático, capaz de agregar as demandas dos professores, alunos e funcionários.
No debate, a professora Dilma se diz favorável a novas instalações, já que o espaço atual da Escola é precário, mas se diz contra ao modo como o projeto da Nova ECA está sendo encaminhado. A professora ainda questionou se outros espaços presentes na ECA, como o Sintusp, a Prainha (área de convivência entre os alunos) e os trabalhadores nas barracas de lanches e restaurantes também seriam contemplados.
O professor Dennis apontou que o espaço reservado para a Nova ECA não cumpre nem as demandas atuais por causa de seu espaço reduzido. O professor ainda defendeu que, na atual conjuntura do campus, não há um projeto urbano que procure a integração.
No entanto, foi na fala da professora Maria Lúcia que as posições dos outros professores encontrou um respaldo mais urbanístico. A professora criticou o que ela chama de sociedade de consumo, em que predomina o hábito de substituição e descarte, inclusive de grandes prédios.
Segundo ela, a reforma e manutenção dos atuais espaços da ECA é, sim, possível. Para isso, ela deu o exemplo do plano diretor da FAU, um processo a longo prazo para a manutenção e restauração do prédio da Faculdade Arquitetura e Urbanismo que contou com a participação paritária de docentes, discentes e funcionários.