ISSN 2359-5191

07/11/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 105 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Química
Professora do IQ recebe prêmio internacional de Bioquímica

São Paulo (AUN - USP) - A professora Alicia Juliana Kowaltowski, do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da USP (IQ-USP), foi agraciada, durante Congresso da Federação Europeia das Sociedades de Bioquímica (FEBS) realizado entre 4 e 9 de setembro, com o prêmio internacional The anniversary Prize of important achievements in the Field of Biochemistryi. Ela recebeu E$ 2,000 como reconhecimento de mais de uma décadadedicada à pesquisa em Bioquímica.

“Fui convidada para o evento como palestrante, e só lá fiquei sabendo que receberia a premiação”, conta Alicia. Ela está no IQ desde 2000. É nova: tem apenas 38 anos. A homenagem é direcionada a profissionaiscom menos de 40 anos e leva em conta o histórico deles como pesquisadores.

A linha com que a professora trabalha gira em torno, essencialmente, da função mitocondrial. O objetivo é definir os mecanismos através dos quais a mitocôndriapode regular a sobrevivência de células e organismos. “A regulação do metabolismo energético é extremamente rica e está muito envolvida com nossa fisiologia e, ainda, com muitas patologias”, declara. “Existemvariadas perguntas dentro desse assunto a serem respondidas e, por isso, temos feito diferentes tipos de abordagem.”

Uma das principais as que Alicia se refere é a relação entredietas, metabolismo energético e envelhecimento. Sabe-se que espécies reativas de oxigênio geradas pela mitocôndria são uma das causas do envelhecimento, e que tal geração é modulada pela alimentação. “Testamos diferentes tipos de dieta em modelos animais”, explica a professora. “Se praticarmos restrição calórica neles, seu tempo de vida aumenta. Se fizermos o contrário, teremos outro resultado.”

Outro importante foco de seus estudos são os mecanismos através dos quais o canal mitocondrial sensível a ATP – nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas – previne a morte celular. Essa linha está muito relacionada com cardioproteção, já que a morte celular vem da isquemia – falta de oxigenação ou de nutrição adequada nas células –,processo que ocorre durante o infarto cardíaco. “Estudamos os fatores que levam o coração a sobreviver melhor ou pior num enfarto”, afirma Alicia.

A professora comenta os resultados que, nestes anos de pesquisa, já obteve ao lado de sua equipe de trabalho: “A gente caracterizou o que regula a produção mitocondrial de espécies reativas de oxigênio e o efeito de várias dietas nisso. Já caracterizamos também como é o mesmo processo durante um infarto”.

Agora, um dos focos é entender como restringir calorias afetará o metabolismo de aminoácidos. Além disso, Alicia quer trabalhar, na linha que envolve dieta e envelhecimento, com jejuns intermitentes aos animais, o que, segundo ela, trará resultados muito diferentes em termos de metabolismo energético.

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