São Paulo (AUN - USP) - Refletir sobre as interações de crianças e jovens com a Literatura em diferentes locais e tempos, discutir resultados de pesquisas e de novas experiências no campo da Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa. Além disso, discutir o problema da formação desarticulada entre o professor polivalente de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental e o educador de Língua Portuguesa da 5ª série em diante. Estes são alguns dos objetivos do III Seminário de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP).

O evento, que ocorre nos dias 27, 28 e 29 de outubro, busca promover o diálogo e o contato entre professores dessa disciplina vindos de diversas partes do Brasil, trazendo como tema principal a Literatura e a Escola. Segundo a professora Idméa Semeghini-Siqueira, lingüista, coordenadora geral do Seminário, a idéia deste evento surgiu para que professores possam discutir tópicos importantes para a disciplina e a formação do próprio profissional na área.

A educadora comenta que, nos dois seminários anteriores, os diálogos sempre ajudaram a avançar na construção do conhecimento em relação ao ensino e aprendizagem da língua materna, mas ressalta que ainda há muito a ser discutido. Um fato interessante sobre a disciplina, segundo Idméa, está na variação do nome da disciplina: antes de ser “Metodologia”, já foi “Didática” e depois “Prática” do Ensino de Língua Portuguesa. A professora menciona ainda que este Seminário é extremamente importante para a divulgação de estágios que os alunos de graduação estão realizando, além das pesquisas de mestrado e doutorado dos pós-graduandos na área temática de Linguagem & Educação.

Entre os eventos do Seminário, haverá o Colóquio de Professores de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura, que terá lugar nos dias 28 e 29 pela manhã. Entre os temas a serem discutidos no Colóquio, estão a especificidade da disciplina, o papel do estágio para a disciplina e para a formação do professor de Língua Materna e de Literatura, e a atuação dos docentes na disciplina enquanto área. Idméa comenta que os coordenadores do seminário anterior perceberam que, no colóquio, havia uma interação muito rica entre os professores e as pessoas presentes, além de conseguir reunir um número muito maior de pessoas do que o esperado.

Outros atividades do Seminário incluem conferências (como “Que literatura para a escola? Que escola para a literatura?”, na quarta-feira, dia 27, e “Do ontem e do hoje: do objeto novo às faces da linguagem”, na sexta-feira, 29), palestras, mesas-redondas (como “Trajetórias e confrontos: literatura e escola”, na quinta-feira, 28), mini-cursos, oficinas e o simpósio “Imaginação/Realidade em D. Quixote na interpretação de Portinari e Drummond: leitura e expressão criadora por alunos da Escola de Aplicação da FEUSP”, em que será apresentada uma atividade possibilitando a interação da FEUSP com o Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP) no começo do ano. O coral da FEUSP também fará uma apresentação no dia 28, às cinco horas da tarde.

Idméa lembra que o público do Seminário é formado geralmente por professores e alunos, mas que outras pessoas também podem se inscrever para o evento. Segundo ela, “seria importante que viessem jornalistas, bibliotecários, comunicadores em geral”. As inscrições serão feitas até o dia 26.

Mais informações:
http://paje.fe.usp.br/estrutura/eventos/lp/index.htm
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