ISSN 2359-5191

17/06/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 1 - Arte e Cultura - Escola de Comunicações e Artes
Virada sustentável discute trabalhos de comunicação

A Escola de Comunicações e Artes (ECA – USP) foi um dos palcos da Virada sustentável de São Paulo. O evento reuniu diversas atividades culturais com temas ligados ao desenvolvimento sustentável, estimulando a participação dos cidadãos para debater estas questões. A I Jornada Acadêmica Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação aproximou a temática da sustentabilidade para o campo da comunicação. Deste modo, foi observado como este discurso se solidifica em diversas áreas, como a publicidade e as relações públicas.

As peças publicitárias foram exploradas por Miderson Maia, que está desenvolvendo sua tese de doutorado em Publicidade e Propaganda. Maia tem por interesse entender a formação do desejo na publicidade. Para isso, escolheu campanhas que trabalham com a temática da sustentabilidade, visando observar as relações entre estes anúncios e questões da cultura contemporânea.

“O discurso da sustentabilidade vem da contemporaneidade, a partir do consumo exacerbado, que se torna prejudicial à natureza”, explica. Deste modo, ligar este discurso com o seu contexto e observar os impactos da disseminação em massa destas propagandas são linhas da sua pesquisa. Das peças escolhidas, duas são do Greenpeace e uma da WWF. “Quero entender a produção de sentido, como ela se dá neste panorama”, afirma.

 Novas tecnologias e o teatro

O projeto da dissertação de mestrado de Eli Borges Júnior, também apresentado durante o evento, discute as alterações trazidas nas encenações artísticas pelo uso de tecnologias digitais. Como, por exemplo, mudanças nas relações entre artista e obra, esta e a arquitetura cênica e a última e a plateia.

“Minha hipótese é de que as arquiteturas informativas digitais possibilitam a emergência de uma nova encenação, uma nova ecologia da ação teatralizada”, explica Borges. Deste modo, haveria uma transição: de uma ação frontal e unidirecional para uma ação horizontal, mais aberta e cada vez menos unidirecional. E as tecnologias digitais assumiriam um papel de protagonismo para esta mudança.

A dissertação também busca entender as consequências destes fenômenos para o campo das comunicações e das artes. Como, por exemplo, a transformação da relação entre artista e espectador. Esta é mais aberta, mais colaborativa. Há a formatação de um modelo que confunde o sujeito que recebe a informação com aquele que a emite.

Além disso, hoje as tecnologias digitais participam ativamente da própria cena. Por exemplo, através de projeções de artistas que se envolvem na encenação. O impacto destes avanços pode ser percebido até mesmo no tempo. “Temporalidades são retardadas ou aceleradas por meio do uso de tecnologias”, afirma Borges. Ele exemplifica com um espetáculo que é feito no Brasil, Inglaterra e Cingapura simultaneamente. “Há uma transposição da ideia cronológica de tempo, à medida que a encenação ocorre no presente na Inglaterra, passado no Brasil e futuro em Cingapura”, afirma. 

 

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