Dentro do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade, a palestra ministrada pela pós-doutoranda Michelle Garcia Discacciati trouxe como temas doenças como candidíase, gonorreia, HPV e sífilis, tratados de forma simples e de modo a permitir a intervenção do público para perguntas.
A exposição contou, ainda, com orientações acerca de como se prevenir contra a candidíase, que não é considerada uma doença sexualmente transmissível e que acomete, majoritariamente mulheres. Segundo a acadêmica, hábitos de higiene e vestuário inadequados são grandes causas para o surgimento da doença. Dentre as recomendações, saltam aos olhos as de que não se deve lavar a roupa íntima durante o banho, hábito largamente difundido, especialmente quando se deixa o vestuário para secar dentro do banheiro. Para ela, o adequado é lavar as calcinhas no tanque e secá-las ao sol. Outra recomendação foi a de que mulheres, de todas as idades, devem dormir sem roupa íntima, evitando, assim, abafar a região genital.
Também foi abordado o tema da atrofia genital na mulher, que não é uma doença, mas uma condição à qual a mulher está sujeita e que ocorre, em geral, quando da menopausa, período em que há uma diminuição da produção do hormônio estrogênio.
A coordenadora do curso, a professora Silvya Stuchi Maria Engler, que também estava presente, assim como a palestrante, interagia com a platéia, respondendo a perguntas durante a exposição. Segundo ela, houve um cuidado em montar uma série de cursos atraentes à população em geral: “Montei uma grade com temas muito atuais da biologia como células-tronco, transplante de célula, transplante de órgãos, bioengenharia e biomateriais, doenças ginecológicas, toxicidade de alimentos, uso racional de medicamentos, radiação solar e efeitos deletérios para a pele”, completou a professora.
Os convidados, ao longo do semestre, entretanto, não se restringiram unicamente a profissionais ligados a assuntos biológicos. Houve momentos em que participaram tanto filósofos quanto artistas plásticos, envolvidos em temas de bem-estar da população e bem-estar da terceira idade.
Como coordenadora, Silvya comenta que o público é extremamente motivado: “São pessoas que vêm com muito interesse nos tópicos, vêm com perguntas básicas, que deixam a gente até numa 'saia justa', que você vê às vezes que 'pôxa, eu trabalho tanto com o melhor medicamento, o mais atual do mundo, mas não me lembro da questão mais básica'. Eles demonstram uma energia muito importante, que é o combustível desse curso. É fantástica a interação com eles. Eu estou muito satisfeita”, finaliza.
O programa Universidade Aberta à Terceira Idade ocorre sempre no primeiro semestre de todos os anos. A iniciativa, que é gratuita e aberta ao público, funciona semanalmente, de março a julho e é executada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas.