ISSN 2359-5191

01/04/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 01 - Educação - Escola de Comunicações e Artes
Avaliação externa mostra distanciamento entre departamentos da ECA

São Paulo (AUN - USP) - Especialistas visitaram as dependências da Escola de Comunicações e Artes (ECA), colhendo depoimentos de docentes e/ou alunos para uma avaliação dos cursos. O CRP (Departamento de Relações Públicas, Publicidade e Propaganda e Turismo) foi avaliado entre os dias 1º e 4 do mês de março pelos professores Massino Canevacci da Universidade La Sapienza de Roma e Sergio Bairon, professor da PUC-SP e da Universidade Mackenzie. Além do próprio departamento foi visitado o CCA (edifício central da Escola), local em que são mantidas algumas matérias do curso. Os especialistas concluíram, então, que há uma falta de comunicação entre os departamentos da ECA, além de falta de estrutura tecnológica.

A chefe do departamento, professora Sandra Sousa deve essa falta de comunicação à reforma iniciada em 1993 que além de incentivar a mudança de currículo, incluiu muitas disciplinas optativas em cada curso, especializando-os cada vez mais. “Mesmo com toda diversidade, é preciso conhecer a cara que a ECA tem para depois avaliá-la”, conclui a professora.

No CAP (Departamento de Artes Plásticas), a avaliação foi considerada boa no geral. Deficiência no espaço físico foi um dos problemas apontados, mas a divisão entre artes e comunicação não foi mencionada. Já o CAC (Departamento de Artes Cênicas), teve uma avaliação no primeiro semestre de 2004 que foi dividida em dois momentos. No primeiro, os dois professores, sendo um da Universidade Estadual de Santa Catarina e o outro da Universidade de Bolonha, Itália, reuniram-se com os alunos no palco do teatro laboratório e ouviram reclamações dos discentes a respeito da falta de estrutura física e grade horária. No segundo momento, chegaram aos docentes, formando, então, um relatório final encaminhado à diretoria da ECA. Porém, Bruno Caetano, aluno do 2º ano de Cênicas, denuncia que a conversa com os pesquisadores não repercutiu em mudanças significativas. “As discussões sobre problemas nas aulas de corpo e voz acabaram virando notas de rodapé. Isso denuncia uma falsa liberdade dada para que os alunos exijam mudanças”.

O único departamento que ainda não foi avaliado foi o de Jornalismo e Editoração, CJE. Segundo o professor José Coelho Sobrinho, chefe do mesmo, a avaliação não foi realizada por falta de uma secretária que acompanhe os pesquisadores. Mesmo assim ele discorre sobre a divisão, “a grande segmentação da ECA em cursos prejudica o entrosamento da Escola. Criar departamentos específicos como o de ‘Projetos’, por exemplo, uniria toda a Escola em torno de um mesmo propósito; além de proporcionar uma melhor seleção de professores, pois os mesmos seriam divididos por área de atuação e não por departamentos”. O fim dos departamentos acarretaria, segundo Coelho, uma mudança positiva. “Atualmente, a ECA não é uma Escola, mas uma federação de Escolas”, lamenta.

O prazo final para entrega dos relatórios é o mês de julho deste ano para que, a partir daí, possíveis mudanças práticas sejam efetuadas nessa avaliação que se estende a toda Universidade.

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