ISSN 2359-5191

06/11/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 94 - Economia e Política - Instituto de Geociências
Geociências apresenta perspectivas da mineração no estado de São Paulo
Pedreira - Foto: Fernando Stankuns/ Flickr

O geólogo Hércio Akimoto, diretor técnico da empresa MGA (Mineração e Geologia Aplicada), abordou as perspectivas e oportunidades da mineração no estado de São Paulo em palestra recentemente apresentada no Instituto de de Geociências (IGc), da USP.

Durante o século 18, a mineração foi o foco da economia no Brasil Colônia, especialmente nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, sendo a extração de ouro a mais visada. As chamadas “entradas” e “bandeiras”, iniciadas com o intuito de exploração de metais (ouro, prata e cobre) e pedras preciosas (diamante, esmeraldas, entre outros), além de desvendarem grande parte do território brasileiro, alavancaram a economia por meio da mineração.

Hoje, ainda que bastante importante para os lucros brasileiros, a mineração não se encontra sob o foco dos investimentos. Em São Paulo, por exemplo, é o agronegócio que desempenha o maior papel economicamente. “A pujança agrícola da indústria financeira e comercial de São Paulo faz com que outras atividades fiquem ofuscadas, e a mineração é uma delas”, diz Akimoto.

Ainda que a área receba menos atenção, ele frisa a realidade do setor por meio de dados concretos. De acordo com Akimoto, São Paulo tem mineração de grande porte. São produzidas 8 milhões de toneladas de cimento por ano no estado, a exemplo de Cajati. Além disso, 82 milhões de toneladas de argila são consumidas por ano na fabricação de produtos cerâmicos, o que faz de São Paulo o maior estado produtor de revestimentos cerâmicos das américas. “Nós consumimos muito, mas produzimos muito também”, diz. Na área industrial, São Paulo constitui-se no maior pólo produtor na fabricação de vidro e 42% da pedra britada vem de São Paulo.

Oportunidades

A partir disso, de acordo com Akimoto, o geólogo deve pensar de uma forma empreendedora. Formado à época de crise brasileira em que o Plano Collor era o cenário, Akimoto teve de repensar sua carreira frente a esse momento. A partir da junção de suas experiências e de outros técnicos, perceberam que poderiam repensar as coisas e entender melhor o que era a mineração no estado de São Paulo. O foco era aplicar em empresas menores as experiências adquiridas na consultoria para grandes empresas. “O estado, no nosso olhar, tinha muitas pequenas e médias empresas de mineração. Por que não prestar um pouco mais de atenção nelas?”, diz Akimoto a fim de mostrar seu olhar sobre o setor. Fazer um trabalho mais refinado e ajustado e formar uma parceria entre a Universidade e as pequenas empresas colocaria em prática o conhecimento adquirido. Em 1993, o grupo formou uma empresa com ênfase no licenciamento de ambiental e direito minerário, e ao longo do tempo detalhavam o trabalho. A partir desse desenvolvimento conseguiram se agregar a uma estrutura mais trabalhada, o que ampliou os projetos e fez surgir novas empresas. “Quando você tem uma equipe e busca um talento e uma oportunidade, ela tem mais condições e pode ser aberta de forma mais intensa”, completa Akimoto.

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