ISSN 2359-5191

14/02/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 128 - Meio Ambiente - Instituto Oceanográfico
Novo robô aquático ajudará pesquisas brasileiras na Antártica
Equipamento vai auxiliar nos estudos com organismos que vivem no fundo do oceano
O ROV começará a ser utilizado em janeiro de 2014 / Fonte: www.biologia.ufrj.br

O grupo de pesquisas formado por professores e estudantes do Instituto Oceanográfico da USP (IO), que realiza estudos de monitoramento ambiental na Antártica, conta com um novo equipamento de ponta para auxiliar nos seus trabalhos. O ROV, sigla em inglês para Veículo Operado Remotamente, vai auxiliar nos estudos com organismos que vivem no fundo do oceano.

Thais Navajas Corbisier, professora do Departamento de Oceanografia Biológica do IO, faz parte do grupo de pesquisa. Segundo ela, a análise da fauna do sedimento marinho é importante para monitorar os impactos da ação humana. “Quando muda a condição do ambiente, enxergamos mudanças na comunidade, como alteração do número, da abundância e da composição das espécies que vivem naquela área”.

De acordo com Monica Petti, doutora em oceanografia biologia, e que também participa do estudo, o ROV será muito útil na monitoração do fundo oceânico, pois ele ajuda na análise de invertebrados e algas que habitam o fundo do mar através de vídeos e fotos. “Com as imagens do ROV, poderemos conhecer melhor a distribuição destes organismos e observar possíveis alterações sem realizar o arrasto de fundo, que acaba perturbando o ambiente.”

Monica diz que, antes do novo equipamento, as imagens disponíveis eram resultados de filmagens de mergulhadores ou de uma câmera remota mais precária, em preto e branco. “Os mergulhadores tinham o problema do tempo de mergulho e da profundidade, pois eles só aguentam meia hora na água gelada e chegam aproximadamente a 30 metros no fundo”. Segundo a professora, o ROV pode ser utilizado a até 150 metros de profundidade.

Além disso, o ROV tem alguns sensores de localização e profundidade, e também conta com um braço mecânico, que serve para realizar coletas de espécimes e materiais encontrados.

Uma equipe de seis pessoas, entre elas Monica, foi treinada para operar o ROV. Ele deve começar ser utilizados nos estudos da fauna bentônica (organismos que vivem no fundo do mar) da Antártica nos próximos meses de janeiro e fevereiro de 2014.

Assista ao vídeo do treinamento no link: http://migre.me/gTylh

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