ISSN 2359-5191

31/08/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 39 - Educação - Instituto Oceanográfico
Centro de Biologia Marinha da USP promove mini-curso sobre educação ao ar livre

São Paulo (AUN - USP) - Conseguir a atenção e o envolvimento dos alunos lecionando em classes superlotadas e com material didático precário é um pesadelo vivido diariamente por milhares de professores Brasil afora. Nesse sentido, explorar o potencial didático dos espaços abertos é uma boa solução. Assim, com o objetivo de preparar educadores para que aproveitem o que há fora da classe de aula como meio de ensino, o Centro de Biologia Marinha da USP (CEBIMar) e o Instituto Terra e Mar promoverão um mini-curso sobre educação ao ar livre em São Sebastião, nos dias 27 e 28 de setembro.

Para Patrícia Schubert, educadora ambiental do Instituto Terra e Mar que ministrará parte do curso, muitos educadores não se sentem preparados para trabalhar em espaços abertos, o que dificulta a implementação de atividades de educação ambiental como parte da rotina escolar. E esse sentimento tem motivo. O tópico é pouco estudado no ensino superior. “O currículo da biologia não preparava os alunos para utilizar o ar livre”, diz a educadora.

Quem nunca se perguntou, na época dos bancos escolares, para que servia tudo aquilo que era ensinado? Para Patrícia, o espaço aberto dá ao pedagogo a possibilidade de diminuir essa distância entre o que se vê nos livros e o que se pratica. “O ensino ao ar livre acaba sendo uma ferramenta diferenciada, é lá que você vai ver concretamente aquilo que se estudou na sala de aula”. O aprendizado além dos muros da escola pode ajudar os alunos de várias formas. Nele, a interação social entre as crianças é favorecida, e o processo pode ocorrer de uma forma mais interessante e lúdica. Crianças com problemas de atenção, por exemplo, se concentram mais facilmente.

E não é preciso de uma extensa área verde para tal. Uma árvore de uma rua qualquer pode ser utilizada para o ensino de várias disciplinas. “Pode-se pedir para que o aluno escreva um poema sobre a árvore, ou que meça a altura e a forma das folhas, o que se relaciona com a matemática. De certas árvores, é possível retirar tinta do tronco e utilizá-la para trabalhos artísticos”, diz Patrícia.

As inscrições para o mini-curso vão até o dia 10 de setembro. O preço é de R$ 100,00. Almoço e lanche à tarde estão incluídos. A hospedagem é por conta do interessado, mas o blog do projeto (http://educacaoaoarlivre.blogspot.com/) dá dicas sobre hotéis e pousadas da região.

Leia também...
Nesta Edição
Destaques

Educação básica é alvo de livros organizados por pesquisadores uspianos

Pesquisa testa software que melhora habilidades fundamentais para o bom desempenho escolar

Pesquisa avalia influência de supermercados na compra de alimentos ultraprocessados

Edições Anteriores
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br