São Paulo (AUN - USP) - O navio oceanográfico Prof. W. Besnard deve sair novamente, entre os dias 21 de junho e 6 de agosto, para dar suporte aos pesquisadores do Projeto DEPROAS (Dinâmica do Ecossistema de Plataformas da Região Oeste do Atlântico Sul) no litoral fluminense.
O DEPROAS é um projeto multidisciplinar do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), e envolve pesquisadores de todos os departamentos. É financiado com dinheiro público (R$ 2.300.000,00) oriundo do Ministério de Ciência e Tecnologia e do PRONEX. Entre suas principais linhas de pesquisa encontra-se o estudo do fenômeno da ressurgência (penetração da água do fundo do oceano – riquíssima em nutrientes – na região de plataforma continental, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de variadas espécies vivas).
Além disso, também há o estudo da hidrodinâmica da plataforma continental (marés e correntes); ecologia dos sistemas bentônicos e fixação de matéria orgânica pelos organismos marinhos nos diversos níveis tróficos, entre outras.
Enfim, trata-se de um estudo amplo sobre o Ecossistema de Plataformas compreendido na região entre a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e a Ilha de São Sebastião, no litoral de São Paulo. Desse conhecimento depende o controle da exploração da pesca, do petróleo e do turismo na região.
Não é a primeira vez que o navio sai com pesquisadores do projeto. Entre fevereiro e março deste ano, a embarcação já fez fundeios em Cabo Frio. “Essa primeira expedição”, diz Wilson Soares Macedo, que cuida do apoio logístico do navio, “foi muito importante para avaliar pequenos problemas que surgem nesse tipo de viagem, para poder corrigi-los depois”.
Só este ano o DEPROAS entrou em fase de pesquisa de campo, quando o navio Prof. W. Besnard, que estava danificado, foi consertado, em janeiro.