ISSN 2359-5191

06/06/2001 - Ano: 34 - Edição Nº: 10 - Educação - Instituto Oceanográfico
IO-USP vai inaugurar curso de graduação em 2002

São Paulo (AUN - USP) - O Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), instituição já tradicional no desenvolvimento do estudo da Oceanografia no Brasil, vai inovar em 2002: depois de décadas de dedicação à pesquisa, já estão abertas vagas para um curso de graduação, recém-criado, destinado a formar bacharéis em Oceanografia.

Tendo sua implantação coordenada pela comissão de graduação do próprio IO, o curso deverá dispor de 40 vagas, a serem disputadas pelos candidatos através do concurso anual realizado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). A expectativa de procura é grande, como grande é também o mercado de trabalho para o oceanógrafo: docência, pesquisa, órgãos de controle ambiental (Cetesb, p. ex.), empresas de pesca, engenharia costeira, entre outras, são apenas algumas áreas em que o profissional de Oceanografia pode atuar.

A idéia de criar um curso de graduação em Oceanografia na USP não é de hoje. Desde 1975 (lembrando que os anos 70 foram a “explosão” da graduação no Brasil), já foram feitas três tentativas, excluindo-se a atual. Duas delas sequer saíram do papel, foram abortadas.

Desde então a idéia foi “amadurecendo aos poucos, através do ensino das disciplinas optativas”, diz o professor Moisés Tessler, da comissão de graduação. Ao longo desses mais de 25 anos, os professores do Instituto foram ficando cada vez mais conscientes do potencial que essa procura por optativas representava: alguns chegaram a dar aulas para alunos de áreas completamente estranhas à Oceanografia, como a Filosofia, por exemplo. Nada mais coerente, portanto, que a formalização desse ensino.

Ao contrário do que se poderia imaginar, não se trata, no entanto, de um mero conglomerado de disciplinas optativas. Apesar de aproveitar essas disciplinas, o curso terá uma abrangência que transcende bastante os limites do Instituto. “É um curso novo e fortemente multidisciplinar”, diz o professor Joseph Harari. Estão previstas na grade curricular disciplinas nas faculdades de Física, química, Biologia, Geociências, Matemática e até Direito. Se o período de “gestação” do curso foi longo, o “nascimento” foi rapidíssimo: tudo planejado foi planejado em apenas seis meses. Segundo Harari, o novo curso deve causar impacto, em longo prazo, até na pós-graduação do Instituto.

Só resta mesmo a Fuvest definir quais serão as matérias cobradas na 2a fase do vestibular para Oceanografia (Biologia? Matemática? Química?). Já foi aprovada a contratação de 12 novos professores, e o edital deve sair em agosto. É só conferir.

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