São Paulo (AUN - USP) - Os estudantes de ensino médio são o principal alvo das inúmeras atividades realizadas pelo museu do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO-USP), que há mais de oito anos desenvolve diversos programas multidisciplinares a fim de mostrar um pouco do que acontece no fundo do mar. Por conta do racionamento de energia e também para destacar os espécimes expostos, o museu fica à meia-luz, o que é um charme todo especial.
Edson Futema, que trabalha no Instituto desde 1998, conta que o museu dispõe de projetos como a excursão ecológica "a escola vai ao mar", no qual alunos de ensino médio fazem uma excursão de três dias a uma das bases de pesquisa do IO, Ubatuba ou Cananéia, realizando estudos práticos acompanhados por monitores que são alunos de Mestrado ou Doutorado em Oceanografia. Há empréstimo de espécimes marinhos para escolas e, também considerado um destaque do Instituto, a exposição itinerante Expo-Antártica, atualmente na Bahia, que mostra um pouco do das pesquisas realizadas neste continente gelado.
O acervo está dividido em duas partes. Uma delas abrange os antigos instrumentos de análise e medição do fundo do mar. A outra parte contém os aquários nos quais estão estrelas-do-mar, ouriços e peixes do litoral do Estado de São Paulo como o Baiacu, o Linguado, entre outros. O Instituto está programando uma reforma geral no museu. Uma das mudanças seria a criação de um auditório, para que os estudantes possam aprender ainda mais. A reforma está em fase de captação de recursos e dependerá desta arrecadação a amplitude das obras a serem realizadas. Edson conta ainda que consegue contar os museus marinhos do Brasil "com os dedos de uma mão". Portanto, segundo ele, o País carece de espaços que contemplem os estudos do mar.
O museu está aberto à visitação de segunda a sexta, das 9 às 17 horas. Mais informações pelo telefone: 3818-6587, fax: 3818-3092 ou pela home page: www.io.usp.br/museu.