ISSN 2359-5191

07/07/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 68 - Meio Ambiente - Instituto Butantan
Petrobras fala sobre o trabalho que desenvolve na Amazônia

São Paulo (AUN - USP) - O Gerente Setorial de Segurança, Meio Ambiente e Saúde na Petrobras, Nelson Cabral de Carvalho, falou sobre a atuação da empresa na Amazônia e destacou a importância de se realizar ações sociais e ambientais durante a Semana do Meio Ambiente promovida recentemente pela Rádio Eldorado e pelo Instituto Butantan, da USP.

A Petrobras explora desde 1988 as reservas de petróleo e gás natural existentes na província de Urucu, maior província petrolífera terrestre brasileira, localizada em plena Floresta Amazônica, a 650 km a sudoeste de Manaus. Enquanto está na região, a companhia executa projetos que visam reduzir os danos ambientais e melhorar a qualidade de vida de quem mora lá.

Para Nelson, isso é essencial para o país manter sua soberania sobre a região, e depende da obtenção de conhecimento sobre ela: “Só teremos nossa soberania se tivermos um tratamento ambiental responsável, o qual depende de conhecimento e dados confiáveis.”, diz.

Segundo ele, para a redução da vulnerabilidade da floresta é preciso que se adotem medidas de natureza estrutural (como planejamento da ocupação, construção de sistemas de esgoto e água) e não-estrutural (educação, saúde etc.). Usou como exemplo disso o Plano Amazônico, desenvolvido pela Petrobras, que se preocupa com a segurança, o ambiente e a saúde e estabeleceu parcerias com biólogos, médicos e entomólogos, os quais conseguiram diminuir os casos de malária na região do Urucu.

No que se refere à educação, a Petrobras capacita pessoas dando cursos, mestrados e doutorados em parceria com instituições como a USP. “Lá tem pouquíssimos cursos, e isso é o que reteria gente lá.”, reclama Nelson.

Quanto ao meio ambiente, ele garantiu que em cada clareira aberta para a perfuração de poços petrolíferos é feito um cuidadoso trabalho de recomposição da cobertura florestal, mantendo-se uma pequena área para os equipamentos de produção de petróleo e gás natural. Tudo feito conforme procedimentos previamente estabelecidos por especialistas e freqüentemente revisados para garantir técnicas sempre em evolução.

Entre os resultados obtidos com o investimento em desenvolvimento na região estão a criação do robô “Chico Mendes”, usado para se fazer coletas para pesquisa sem promover interferências no local e a criação da máquina de malva, que triplicou a produção de malva ali e a tornou muito mais simples.

Todos os projetos desenvolvidos, de acordo com Nelson, além de ajudar aqueles que moram lá, também refletem no próprio trabalho das empresas, promovendo o seu crescimento e aumentando a rentabilidade.

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