São Paulo (AUN - USP) - 5.500 é o número de copos plásticos por mês que foram substituídos pelas canecas duráveis entregues pelo projeto desenvolvido pela comunidade do Instituto Oceanográfico (IO) em parceria com o USP Recicla. O maior objetivo do projeto de Minimização de Resíduos, que foi implantado em 2002, é sensibilizar e envolver a comunidade do IO na questão do lixo e da educação ambiental, através da reciclagem. O projeto é realizado por uma comissão de funcionários, docentes e representantes de alunos, seguindo os princípios dos 3R’s – reduzir, reutilizar e reciclar – promovido pelo Cecae-USP Recicla, programa que cuida da reciclagem do lixo em todo o campus da Universidade. Juntamente a entrega das canecas, a comissão desenvolve palestras para a comunidade, principalmente para os calouros do Instituto. As bases oceanográficas em Cananéia e Ubatuba também receberam os palestrantes no início do mês passado. Além dos objetivos do projeto, temas como o desperdício de água, a decomposição de materiais e sua problemática para o meio ambiente, foram abordados no encontro.
A iniciativa começou pela participação da funcionária do IO, Maria de Lourdes Bastianello Júnior, no Curso de Especialização para Formação de Agentes Locais de Sustentabilidade Sócio-Ambiental promovido pelo USP Recicla e pela Faculdade de Saúde Pública. Indicada pelo diretor do Instituto, Maria de Lourdes, que já havia trabalhado na área em Porto Alegre e feito especialização na PUC, concluiu o curso em 2002 e em seguida implantou o projeto, juntamente com a comissão do Instituto. Já em março desse mesmo ano, a comissão percorreu todas as salas, laboratórios e o centro acadêmico de oceanografia para conscientizar a comunidade em relação à reciclagem. Em agosto, 50 sacos de coleta de papel recicláveis foram distribuídos aos funcionários da limpeza e estes foram orientados em relação aos procedimentos de coleta e a importância deste trabalho para o meio ambiente. As palestras começaram a ser ministradas em setembro. As canecas duráveis começaram a ser distribuídas, sendo o IO a primeira unidade da USP a adotá-las, no início de 2003 também para os novos ingressantes da faculdade de oceanografia. “Uma coisa que eu percebi é que os estudantes que chegam aqui estão muito conscientes em relação à proteção do meio ambiente. Você percebe pelas perguntas, pela participação dos alunos, o interesse deles. Quando eles fazem essa opção pela oceanografia já demonstram uma conscientização maior”.
Maria de Lourdes também tem participação na coleta especializada de pilhas e baterias, materiais muito utilizados nos laboratórios da faculdade. Esses materiais, que antes ficavam acumulados podendo causar sérios danos ao ambiente e à saúde da comunidade, agora são depositados em um recipiente que fica no corredor do Instituto. O material é organizado pela Cipa, comissão de segurança, e posteriormente recolhido por empresas especializadas.